As empresas européias C-Astral, Catch Energy e Endless AB, juntamente com as empresas brasileiras GND e E4 Engenharia, pretendem desenvolver um sistema tecnológico que consiste em um “software”, que consiste no projeto de um ciclo de produção e rotação que terá uma demanda de água e eletricidade, que por sua vez tem um requisito de projeto, um procedimento de rotulagem e uma plataforma de financiamento resultando em um “hardware” que consiste no equipamento (sistema de irrigação, sistema de bombeamento, água, painéis solares, armazenamento de energia ) que permitirá que o sistema funcione.
Não existe no Brasil nenhum sistema integrado de produção como este que é focado na produção de alimentos verdes, saudáveis e rotulados, em uma solução financeira que poderia incluir compradores de commodities como financiadores do sistema. Sistemas de pivot central, painéis solares, armazenamento de energia e barragens existem há algum tempo e, embora cada um desses componentes tenha sido usado isolado, não existe um sistema modular integrado que agregue um pacote agrícola, hidráulico e energético.
O principal objetivo deste projeto é fornecer um sistema produtivo tecnicamente, financeiramente e ambientalmente sustentável para a produção de arroz em rotação com o azevém de grãos (milho), milho, soja e arroz. Isto é feito utilizando irrigação por pivô central em vez de condições de inundação para o arroz, permitindo o mesmo rendimento por hectare e melhores qualidades do produto, ao mesmo tempo que permite rotações lucrativas com outras culturas que eram inviáveis em condições de inundação.
Este projeto multiplica a produção de alimentos por hectare, erradica as emissões de metano do arroz inundado, reduz o consumo de água no arroz em aproximadamente metade, captura CO2 da atmosfera e integra-o ao solo e armazena energia que alivia a rede e todas as ineficiências associadas. Também reduz substancialmente a necessidade e uso de produtos químicos e reduz o teor de arsênico inorgânico no arroz em 4 a 10 vezes, comparado ao arroz irrigado. A rotação permite a mitigação do risco pelo armador, ao mesmo tempo que permite uma solução técnica rentável para a estrutura do solo e o controle competitivo da erva. O uso de energias renováveis melhora ainda mais o retorno financeiro e reduz a pegada ambiental das soluções.